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QUEM SOU EU?

A história do Smoking


smoking

Você sabe a origem do Smoking? Não? Mas sabe usá-lo? Também não? Então calma, seus problemas acabaram.

Acostumados a se vestirem no automático a maioria dos homens ainda fica muito na dúvida quanto ao uso de trajes sociais.

Peças que compõem o smoking tradicional

Este esquema vai te ajudar a entender o traje em sua forma tradicional

A notícia, boa ou ruim, é que, hoje em dia, a maioria dos homens nunca vai precisar usar um smoking. A não ser que você seja o James Bond ou uma super celebridade e receba convites frequentes para cerimônias e premiações, talvez você precise usar em um baile de formatura ou em um casamento muito formal e só. Mas como saber se a ocasião pede ou não esse traje? Fácil. Se no convite estiver escrito black tie ou traje a rigor, é hora de passar em uma loja de aluguel (com antecedência!!) e alugar um belo smoking.

smoking

James Bond imortalizou o traje. Na primeira foto usa-o em azul marinho. A versão com paletó branco era sucesso nos anos 1960 e é chamada summer, pois é usada no verão.

Na hora de personalizar, se a calça não for da mesma cor do paletó, use-a preta, sempre!

Apesar de atualmente o smoking ser o traje mais formal que a grande maioria dos homens possa usar (a não ser que seja convidado a casamentos reais ou a jantares com chefes de Estado), acreditem, ele nasceu como um traje casual.

Antigamente era costume dos cavalheiros de classe alta se vestirem para jantar. Isso porque, sujavam suas roupas nas atividades que exerciam em suas propriedades durante o dia. O traje era uma adaptação na cor preta do uniforme militar. Conhecido como casaca, que hoje é dos trajes o mais formal, era composto por camisa engomada, gravata borboleta e colete baixo, todos na cor branca, casaca (paletó curto na frente e longo atrás com cauda bipartida) e calças com costura trançada.

Estes cavalheiros estão usando casaca, o traje mais formal atualmente.

Diz a história que o príncipe de Gales, filho da rainha Vitória e futuro Eduardo VII, pediu a seu alfaiate, em 1860, que fizesse um paletó mais curto para substituir a casaca em eventos mais informais. Influente em tendências, o príncipe fez com que o modelo garantisse seu lugar nas noites da sociedade elegante. Em 1886, o milionário de Nova York e corretor de café James Brown Potter encomendou o traje e começou a usá-lo nas noites do clube nova-iorquino Tuxedo Park, onde também fez sucesso. É daí que vem o nome dado a ele nos EUA, tuxedo, ou dinner jacket. O traje na época também foi muito utilizado em Monte Carlo, Mônaco, nos famosos cassinos da cidade. Como era muito comum fumar durante as reuniões masculinas, o nome adotado na Europa foi smoking.

Até a morte de Eduardo VII, em 1910, seu uso era restrito ao campo e reuniões de homens, não sendo admitido em público. Nos anos 1920 o smoking era o mais usado como traje de noite, quase não se vendo mais casacas. O futuro duque de Windsor, também influente na moda, acrescentou alguns toques como a substituição do tecido preto por azul escuro. Em 1930 uma faixa tomou lugar do colete e apareceram opções de paletós com lapela pontuda e duplo abotoamento, além da camisa Marcella, de frente semirrígida ou pregueada. Ao longo dos anos, muitas tentativas de personalizar e mudar o traje foram feitas mas o clássico e legítimo ainda é o modelo de 1930.

smoking oscar
smoking Messi

Você verá muitos smokings em cerimônias. Para não ficar todo mundo igual, os famosos sempre tentam personalizar. O jogador Messi está sempre ousando, brincando com as opções.

Dá para ver que a moda masculina muda muito pouco. Desde a sua primeira aparição, o smoking não mudou, apenas ganhou mais opções mas, ao mesmo tempo, passou de traje informal para muito formal. Mas temos que levar em consideração que no passado elegância era fundamental.

Fontes:

BLACKMAN, Cally. 100 anos de moda masculina. Tradução Cristina Band. São Paulo: Publifolha, 2014.

BOUCHER, François. História do Vestuário no Ocidente. Tradução André Telles. São Paulo: Cosac Naify, 2012.

FOGG, Marnie. Tudo sobre moda. Tradução Débora Chaves, Fernanda Abreu, Ivo Korytowski . Rio de Janeiro: Sextante, 2013.

HANSSEN, Olivia. Guia vip de estilo 2015: o melhor guia de moda masculina do Brasil. São Paulo: Abril, 2015.

SIMS, Josh. Ícones da moda masculina. Tradução Débora Isidoro. São Paulo: Publifolha, 2014.

Sou Juliana Novaes, nascida e criada em Brasília. Como boa brasiliense criativa, me formei em Arquitetura e Urbanismo, mas meu amor sempre foi a Moda. Designer de Moda e apaixonada por figurino e pela história, resolvi criar o blog para compartilhar meu conhecimento, curiosidade, e amor pelo tema.

Sejam bem-vindos.

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